terça-feira, 12 de abril de 2011

Figura de linguagem



 
Escrevo não por fraqueza nem para arrancar piedade.
Escrevo para exaurir o que sei, o que sinto, o que penso.
Escrevo para afadigar o que me invade nas noites de porquês.
Escrevo para preencher os espaços que me faltam
E desvendar meus mistérios e segredos.
Escrevo às vezes para expressar a dor,
Na inusitada rima de ser quem sou.
Escrevo para romper o orgulho, o ódio, a raiva.
Para dispensar os rancores, as ausências e tudo aquilo que me induz a chorar.
Escrevo porque tenho luz própria para me enxergar
E deixar quem quiser pensar o que quiser.
Escrevo para traçar meus caminhos com palavras e deixar rastros do acaso.
Escrevo por que sou homem,
E todo homem é uma figura de linguagem. 

Moabe Breno,
12-04-11.