terça-feira, 28 de junho de 2011

Versos de tesão



Gosto de sentir seu corpo se aproximando do meu
De sentir seu sussurro em meus ouvidos,
E de misturar meus lábios nos seus. 
Gosto de sentir sua língua passando em meu peito,
Descendo em minha virilha e roçando em meu pau.
Gosto sim de sentir você subindo em mim,
Gosto de desejar suas nádegas batendo em minhas pernas
No descer e subir do seu desejo.
Gosto mais ainda de adentrar entre suas pernas
E de fazer pingar minha essência em seu corpo
Como suor, como tesão, como amor...
Gosto de me confundir com você em meus delírios textuais.
Gosto de me ver dentro de você
E de roçar a minha língua na sua, enquanto entro ferozmente em sua alma, em seu corpo, em seu íntimo.
Gosto de pensar na força louca que nos atrai
E que nos liga pelo avesso da distância, do tempo, das palavras e dos espaços.
Gosto de olhar seu olhar para mim,
Seu olhar de ressaca me pedindo mais, me pedindo mais, me pedindo mais...
Gosto sim... de passar minha língua na sua,
De descer por suas costas,
De te deixar na loucura me pedindo para entrar.
Para ficar, para te estimular, te penetrar...
Para te matar com meus versos cheios de tesão.    

Moabe Breno,
27-06-11.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Concretudes da emoção


Eu gosto do amor.
E gosto das coisas boas que ele tem para oferecer.
Gosto de acordar cedo pensando nas possibilidades de encontro,
Gosto de esperar ansioso pela ligação, por um toque e por um beijo.
Gosto da dimensão evasiva da vontade do outro
E da distração notória quando ele chega no pensamento e se aloja no coração.
Gosto mesmo do sentir, do sonhar, da dor e da saudade.
Gosto de ser cafona, careta, de escrever versos ridículos
E de dar bandeira quando é lua cheia.
Gosto até da dor que traz o amor ausente
A dor que inspira versos tristes, cheios de palavras incoerentes
E que explode em gritos agressivos que assustam os tímpanos,  
Para dizer que é o vazio que preenche o peito quando o amor se vai.
Gosto da amargura insana da vingança,
E da raiva feroz que amedronta apenas pelas expressões faciais.
Mas... gosto, indubitavelmente, da superação do amor,
Da vaidade inusitada de horas e horas no espelho,
De falar bonito para impressionar; e de fazer piadas para ver o sorriso do outro no fundo do olhar.
Gosto de falar poemas do passado,
De cantar músicas consagradas e de falar em Deus quando tudo está perdido.
Gosto de chorar, de sofrer e de crescer quando o amor começa a doer
Gosto de fazer rimas inusitadas somente para escrever complexo que o amor é simples.
Gosto mesmo do amor,
Gosto mesmo de amar.
 O amor enobrece, engrandece a alma e nos cerca com tudo que é sagrado e produtivo.
O amor constrói e humaniza aquele que o permite evadir.
O amor amplia nossas razões e nos fortalece como ser sensível,
De ser capaz de enfrentar o mundo para emanar as concretudes da emoção.

Moabe Breno,
31-05-11.