quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Secundidade da razão


Começo tudo de novo.
Não! Começo um caminho novo cuja estrada se escondia em minhas idiossincrasias.
Deixo para traz todos os símbolos demasiados do meu eu carrasco interior.
Rasgo cartas, queimo lembranças, bloqueio pessoas e anulo situações.
Dou um passo à frente, e furo os olhos do passado.
Não me tomes mais como estátua de sal.
Meu gosto, meu sabor, meu saber
Adiciono a receitas suculentas que alimentam a alma.
Descobrir-me, eu mesmo, em meus pensamentos, erros e desejos.
Mato o semideus que habitava em mim
E me entrego ao deus dará,
Ao espaço sensível que trago no peito
E deixo fluir o homem simples que se escondia atrás das encostas da solidão. 
E torno-me homem que chora, que ri, que canta, que desafina, que perde, que ganha.
Encontro, eu mesmo, meu caminho e minhas paixões
E as palavras corretas para construir minha trilogia da razão.
E começo a preencher a casa com sofás, cadeiras, mesas e anseios.
Entro na secundidade da razão.
O presente é o tempo do meu verbo, que se constitui em magia do futuro.
E tudo que é passado está fincado no espaço do vazio.
Pois o passado não tem para mim semioses e nem rima com a verdade.
E começo a traçar meu caminho com os meus próprios pés no chão. No chão da secudidade,
Na busca da mediação entre concretudes e emoção.

Moabe Breno,
19-10-11.



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