terça-feira, 25 de outubro de 2011

Rimas da mudança


Corre os tempos à quebradiça roliça do funil.
Palavras, palavras, palavras
Como pensamento, como efemeridade
Como um semideus que se abriu.
 Corre a chuva na sexta-feira de primavera,
Tempo feio, vida presa, desespero
Apenas o silêncio que viera.
Em todos os cantos
Se afunilam lembranças, abraços ou solidão,
Em minha casa, se desdobram mudanças, calmaria, projeções... compaixão.
Em algum canto um espaço vazio,
Cheio com a ventania e a monotonia do dia
Em meu peito, pulsação vibrante
Descobertas do ser mutante
E em meio ao silêncio dominante
As rimas chegam sem segredos
Desnudam as aventuras e os desejos
E se misturam à metamorfose extremamente estonteante.
E com a paciência da verdade
E com os mistérios da descoberta
Cria-se um novo mundo,
Na sexta-feira de chuva
Que lava a alma não mais encoberta.

Moabe Breno,
21-10-11

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