Das coisas incertas da
vida, a mais, então, é o amor.
Aquele que pega de
surpresa, descontrói verdades,
Rompe fronteiras e
evidencia o abismo.
Não seria amor se não
tivesse tensão, rupturas, medos, temores e aproximação.
Não poderia ser amor sem
o lado sôfrego da alma
Muito menos sem os
momentos soturnos, que somente o tempo do desamor propõe.
Um espaço ambíguo entre
o querer e o não poder e a incongruência dos anseios.
E o sentimento vai
corroendo o pensamento, destroçando as razões,
Dissimulado culpas,
proteções, figuras de linguagens dotadas de milhões de intenções.
E são todas as mesmas
intenções.
As intenções que
incomodam o pensamento, violentam o espírito e aniquilam a compaixão.
São momentos frágeis, de
entusiasmos, de amizades e de sofreguidão.
Assim é o amor no tempo
do perdido, no descompasso da vida...
E nas disritmias das
canções que expurgam a razão sensível
No atordoado compasso
amargo entre o sim e o não.
E no limiar de outrora,
no peito de quem sente, no passo do movente e na angústia de quem chega.
Apenas a intensidade
amarga da saudade pode mensurar a incerteza do covarde.
Em todas as nuances
abstratas e nas rimas inexatas da dissertação do então.
Do então momento oculto
da expressão do amor,
Manifesta na nebulosa imensidão
da troca do olhar desmedido,
Na certeza de momentos sutis de buscar o sim e,
não, o não.
Moabe Breno,
15/08/2014.
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