segunda-feira, 16 de maio de 2011

Após a última tentativa


Depois de tanto pensar, correr, chorar, gritar,
Entendo, após a última tentativa,
Que o que guardo no peito é a mais profunda amplidão do amor e da caridade.
O amor que é sereno, não severo.
O amor que transforma, enriquece a alma e ornamento o mundo e o entorno,
Com hastes festejantes em alegrias, naturalidade, humanidade, respeito e compreensão.
Após a última tentativa e a despedida vazia,
Ficam as razões de quem ama
Fica a calmaria no peio enriquecido que dissipa emoção positiva
E se desfaz da raiva, do rancor, da vingança e da traição.
Após a última tentativa,
Vi que o amor é poder de transformação,
O amor cura o que se sente leviano,
Lava a alma e vê o passo a passo do dia a dia como uma contínua construção.
Após a última tentativa,
Vão-se as amarras da paixão e ficam apenas as recordações líricas.
Enche-se o peito de quem se engrandece ao abrir as portas para o real,
Para as concretudes da emoção.
Quem ama, ama!
O amor é de fato intransitivo
E em meio aos complementos labirínticos
Passam as angustias do tempo,
E em passos lentos, sôfregos, abstratos e reflexivos,
A razão de quem ama absorve as idiossincrasias do presente
E as convergem em virtualizações do futuro. E então, o ser evolui!
Após a última tentativa...
Vence quem transforma o sentimento em evolução.

Moabe Breno,
15-05-11.     

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