terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Veneno da alma



De vez em quando o silêncio me toma
E uma força estranha doma o peito.
Não sei bem se é desejo, angústia ou tristeza
Mas sei o que povoa minha mente nesse momento.
É um pensamento que mais parece um veneno,
Que corta a respiração e inibe qualquer possibilidade de movimento.
É um pensamento que torna estático o pulsar do coração
Porque age de forma intensa e corrosiva na memória.
Vai lá dentro, pega tudo aquilo que faz mal
Pra tentar dizer que não é saudade o que se sente
Pra tentar convencer que a ausência é solução.
É um veneno que engana, que cega, que puxa a vida para um lado tenso
Que puxa o sonho para um estado obscuro, turbulento e vingativo.
É um pensamento que engana. É um veneno da alma.
É veneno que faz da alma insumo da lama
Na mistura de letras em palavras sem sentidos exatos
Na construção de frases paradoxais
Para desmistificar as incoerências da cama e os exageros da paixão.
É um pensamento forte, sim!
É saudade? Sei não.
Mas é um veneno na forma de passado que domina o tempo
Em alguns instantes de reprodução, de catarse , de desabafo. De desenganos.
É um pensamento entorpecente que se configura como vício da psique
E deixa em aberto os sentidos da imaginação.  
Moabe Breno,
07/12/10.



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