Primeiro,
vontade de você;
Depois a
sorte no abismo,
Um espaço
ambíguo,
No bater
amargurado do coração perdido
Não aprendi a
lutar por minha paixão
Mas sei
gritar as dores do amor
Escancaradas
no vazio angustiado
Da minha voz
desafinada
Uma voz que
trafega pelas noites frias
Das minhas
palavras sôfregas
E afunda nas
escavações infindáveis
Dos meus
desejos incontroláveis
Primeiro,
vontade de você
Depois não há
certezas nem emoções
Tudo vem, em
teu lugar
Tudo passa
devagar
Mas não há espaços
para voltar
Primeiro,
segundo e terceiro
Todos os meus
mundos com vontade de você
Depois a
exaustão da mente
E o
pensamento distanciado
nas pisadas
nebulosas do meu coração perdido
Sinto afasias,
nesse lugar onde você está
E passo por caminhos
mais frios
que minhas
palavras sôfregas;
e afundo por
espaços tão vazios
quanto os
meus desejos incontroláveis
Primeiro,
vontade de você
E não há mais
estradas a percorrer
Primeiro, uma
emoção inacabada
Uma razão
perturbada
Que se nega a
entender o lugar da despencada
O amor
chegou, me tomou e ficou
Fez-me
insano, incônscio e humano;
Fez-me ver
antes e acima de tudo
A vontade de
você.
Moabe Breno
20-09-07
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