domingo, 31 de março de 2013

Construto esquizofrênico


 

E quando ela se manifesta da forma mais inesperada,

Vai desarmando tudo que estava programado.

Ao mesmo tempo é bom e assustador, por ser verdadeiro e incerto.

Desmonta nossos sentidos, como uma porção de coisas miúdas

Corroendo por dentro, consumindo aos poucos...

Devora os sentidos na perspectiva da construção,

Refuta a imaginação

E corrompe tudo que se fez concreto no pensamento,

Na mediação das semioses metafísicas que se estabelecem

Como concretudes de emoção.

É fato que não se consuma,

Ardência que não machuca.

Esperança que não se acaba.

Às vezes uma alegria compulsiva,

Às vezes uma certeza do abstrato,

Às vezes uma prisão que liberta...

Mas é um horizonte finito na certeza do coração.

São as metáforas do acaso,

São os abismos da cognição,

São contrates da invenção.

Assim é paixão,

Rica rima com tudo que é frágil, forte, doce, incerto e abrupto na crueldade do destino.

Um construto esquizofrênico no universo de Platão,

Assim é a paixão!

Moabe Breno.

31-03-13.

 

 

 

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