sábado, 13 de novembro de 2010

Hemorragia metafórica


A alegria estonteante do futebol
Fez-me pela primeira vez querer exterminar meu estado de Bahia.
Fechei as janelas e as cortinas do peito para não ver o mundo lá fora
E mergulhei na virtualização de minhas idiossincrasias e palavreados.
E a constância metamórfica que se diz típica do ser humano,
É o único alicerce que alimenta uma probabilidade qualquer menos esquizofrênica que a solidão.
Alguém tem algum remédio antimonotonia?
Pois hoje me irrita a dependência baiana da alegria.
Por toda a parte, os cacos enfermos das lembranças
Cortam meus pulsos e disparam hemorragias metafóricas em uma narrativa altamente metalingüística e incongruente.
Mas que talvez seja a possível coerência discursiva que há na imaginação soturna na flânerie  dos sentimentos,     
Ainda que se tente uma construção pós-moderna.
Moabe Breno,
13-11-10.


  

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