quarta-feira, 16 de março de 2011

Psicanálise



Nos momentos da desconstrução somos todos loucos a procura de um motivo.
Um motivo qualquer que nos tire da mesmice, que revele outras faces e que nos mostre as luzes dos caminhos.
Nos momentos da desconstrução somos nós mesmos nossa própria cruz.
Sofremos, roemos, sangramos e desmascaramos a nós mesmos em uma forma tão descompassada que não percebemos que estamos exaurindo nossas indefinições.
Se somos loucos pela ardência e pela incongruência, também não somos mais que ousadia em plena efervescência da vida.
Se somos loucos, apenas loucos, não passamos desapercebidos e somente depois da exaustão, do peso forte ou leve do sentir, depois de tudo, podemos apreender os nossos sentidos, as nossas mais profundas idiossincrasias.
Sentidos e idiossincrasias camuflados em fantasmas que se alojam lá no ego, às vezes fruto dos superegos,
Frutos de tudo aquilo que passamos, que passamos... que apenas passamos!
Mas é preciso mastigar a indignação e corroer o pensamento metamórfico que ressoa na indigestão dos fatos.
Os fatos! São os fatos que compõem a vida e a vida é uma sucessão de fatos. Por isso a cada dia temos um novo e às vezes surpreendente dia.
E todo dia é dia de Maria. De Maria, de João, de fantasia, de tudo que não passa de insônia no vai e vem da irreverência, da rebeldia, da descoberta do próprio ser.
De tudo aquilo de fato que nos faz ser quem somos: João ou Maria sem máscaras, sem alucinação. João ou Maria, sem precisar de constatação.
Moabe Breno,
15-03-11.

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