quinta-feira, 7 de outubro de 2010

De zero a dez

De zero a dez a vida muda como um passe de mágica;
Em alguns momentos parece que uma tempestade toma conta dos sentidos
E tudo vira uma conturbação:
O trabalho, os amigos, a cidade, os amores, a vida fica quase zero
E quando menos se espera... fica tudo zero mesmo.
O trabalho vira rotina entorpecente,
Os amigos chatos e com piadas sem graça,
A cidade, então? Uma merda... nenhuma novidade, chove e tudo fica sem graça.
E os amores? Quando aparecem são errados, não valem a pena,
só querem PEI!!!! E nada mais.
E assim a vida parece estar abaixo de zero;
Mas somente para aqueles que não sabem o poder do recomeço.
Afinal, aqueles que quando percebem que o trabalho virou rotina,
sabem rapidamente reinventar suas convicções e descobrir que pode ir muito mais longe do que o cotidiano lhe promete;
Aqueles que acham que os amigos ficaram chatos sabem rapidamente redescobrir a riqueza escondida lá no fundo de cada um...
E o que parecia uma amizade intolerante logo vira uma caixa de surpresa
E quando os amores são apenas trepadinhas fugazes, nada de angústia, afinal já dizia a ministra: relaxe e goze.
Fazer o que? Procurar, procurar, procurar?
Que nada! É muito melhor uma gozada que uma decepção.
E, no mais, quem sabe aproveitar a cidade sabe muito bem que em um dia de chuva, pode encontrar um amor da vida, se  escondendo dos pingos para não destruir a escova (ou não molhar os sapatos);
Ah! Assim a cidade vai ficando um, dois, três... 9,99
E o trabalho, os amigos, os amores, a vida ficam dez quando se descobre que tudo pode ser transformado em aprendizado;

em uma constante e doce oscilação de recomeço,
Onde o descontentamento das rotinas, das chatices, da fugacidade e das chuvas pode virar contentamento nas paredes de quem sabe amar de verdade e se encontrar continuamente nas vibrações entre zero e dez nos espaços da alma e do mundo.


Moabe Breno,
08/08/07

Um comentário:

  1. Fiz esse texto bobinho para uma amiga. Pat Boba, mas hoje ele vale para mim.

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