domingo, 10 de outubro de 2010

Máscaras da destreza

É no brilho do olhar, dos raios que saem da íris,
Que se revelam os momentos mais bacanas de um encontro.
É no tempo de um sorriso que se reflete a mágica do encantamento
E a força da esperança.
É na troca de mãos que se observam as sinergias,
E os conturbados gritos das afasias,
Que pulsam no direcionar do corpo.  
E é nesse movimento, por vez, incongruente
Que se encontram as vibrações traiçoeiras do inconsciente.
São mais que palavras tímidas,
São atos falhos, revelando, sem propósito,
Os passos lentos e díspares de uma partida.
São momentos únicos que colocam uma porção de máscaras
No atordoado silêncio do coração.
Mas são máscaras de destreza que escondem
Um coração que tem voz baixa,
Que busca rimas inusitadas com a inconstância
E com a desconstrução porque sabe da reterritorialização.
São máscaras de um coração tranqüilo nas palavras,
Mas sôfrego na busca do seu tesouro...
Do seu mundo, de suas razões.  


Moabe Breno,
26/07/08.

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