quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Simulacro existencial

Pensar na vida não é criar simulacros existenciais
Pensar a vida é vencer as dores
E, às vezes, transformar sofreguidão em loucuras.
Para que buscar a razão das conturbações
Quando elas são frutos dos desesperos da paixão?
Buscar razões para quê, quando as loucuras vêm da alma?
E não há razões para nada, pra quem faz da vida um simulacro existencial.
As razões da vida não estão na mente, mas sim nas sensações.
As razões da vida estão nos momentos daqueles que sentem
E sedem lugar às vibrações do coração.
Construir as sensações como reações fugidias
É construir afasias no limiar da própria razão
É ação de quem ocupa o espaço dos simulacros,
Onde a realidade apenas são emoções inacabadas
Como as razões de um orgasmo inútil e vulgar...
 E estúpido, porque é vazio!
Controlar sentimentos é fazer da vida um simulacro existencial
Coisas que transformam silêncio em solidão.
Nas simulações, os fracos, os covardes e os egoístas
Chamam da paz aquilo que não sentem
E que correspondem às expressões inacabadas
De uma felicidade arrogante e covarde
Uma felicidade meio termo porque é pedaço de estupidez
Uma felicidade adimensional, parva e descontente
Porque está bem perto da inexistência
Mas felicidade, a cascata pequenina, não é para qualquer um mesmo
É somente para aqueles que sabem dar vazão aos próprios sentimentos
Porque a felicidade sabe transformar a dor em compaixão
Ausência em produção
E decifrar os impulsos resultantes de vibrações virtuais
Dissimuladas nas fugas medianas de um simulacro existencial
...
06-02-07,
Moabe Breno.

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