quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Furacão

Um furacão passou em minha aldeia nesta semana,
Olhos expressivos, alma elevada e corpo desenhado
Mas, atento e minuciosamente, a desnudá-lo
Eu preferia desvendá-lo.  
Era um vento quente, que saia de sua alma
Nada de soberba, nada de soberania,
Mas era rei naquilo que falava,
Porque falava o que acreditava.
Era um furacão que aquecia a minha alma.
Dos olhos, emanavam raios fortes
Que em vez de destruição,
Deixaram ali naquele lugar onde se instalara
Tijolos e cimento para a construção.
E estava ali, na minha frente,
Aquele furacão de alma elevada,
Alma pura que me invadia pela madrugada
e roubava a minha atenção.
Fazia-me sorrir de mim mesmo
Na leitura contemplativa de sua vida
E trazia calmaria com aquele brilho forte
Que saia do seu corpo.
Corpo fabulosamente desenhado,
Com pedaços encaixados como uma montagem virtual,
Mas era físico e era lindo e era real...
Era um furacão! E nada parecia lhe abalar.
Alinhava tijolos feitos de pureza
Com cimento composto por esperança...
Era capaz de edificar qualquer prédio
No coração de quem soubesse lhe encontrar.

Moabe Breno.
18/07/08 

2 comentários:

  1. Este texto eu fiz para uma meteórica paixão que rapidamente converteu-se em uma bela e forte amizade, como acontece sempre quando as pessoas de bem se encontram. Uma força maior perpetua a união e nasce uma relação do bem e gradável.

    ResponderExcluir